A “NOVA” DEFINIÇÃO DO MOL (RECOMENDAÇÃO DA IUPAC)

Recentemente a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) publicou na sua revista um artigo dando conta de que há uma “nova” definição para o mol, na realidade trata-se de uma recomendação. O artigo em referencia foi publicado concretamente no dia 08 de Janeiro de 2018.

Definições do mol

Para entendermos o que de facto mudou na definição do mol é importante compararmos as duas definições. A definição que era usada antes do dia 08/01/2018 e a definição publicada no dia 08/01/2018.

Nova definição do mol

A mole, símbolo mol é a unidade do Sistema Internacional de Unidades (SI) da quantidade de substância. Uma mole contém exactamente 6,02214076 · 10²³ entidades elementares.

Uma entidade elementar, pode ser um átomo, uma molécula, um ião (íon), um electrão, ou qualquer outra partícula ou grupo específico de partícula.

Antiga definição do mol

Mol – é a quantidade matéria de um sistema que contém tantas entidades elementares quanto são os átomos contidos em 0,0012 kg de carbono-12.

Isto significa que 1 mol de carbono contém 12 g de carbono, assim como 1 mol de sódio contém 23 g de sódio.

Mas o que de facto mudou na definição do mol?

O que acontece é que a antiga definição de mol, associava o mol a uma grandeza fundamental, enquanto que o próprio mol poderia ser entendido como uma grandeza fundamental.

O problema é que o mol estaria também associado a uma outra grandeza, a massa cuja unidade é o quilograma (kg). Então se a definição de quilograma muda obrigatoriamente a definição do mol também teria que mudar e mais, poderia também mudar a referência, poderia não ser mais o carbono-12, mas sim um outro átomo.

Portanto, a nova definição de mol já não depende mais de uma outra grandeza, pois o mol está relacionado a uma quantidade. Portanto, é isso que hoje entendemos como mol, diferentemente da definição antiga que associava o mol ao quilograma, a nova definição é independente de qualquer grandeza.

 

Por: Miguel Pascoal

 full-width