No texto, cálculo da velocidadeda reacção em função de um participante vimos que, quando calculamos a
velocidade média da reacção em função de cada participante obtivemos valores
diferentes de velocidade. Por exemplo, a velocidade média da reacção em função
do N2O5 foi de 0,32 mol/L · s, em relação ao NO2
foi de 0,64 mol/L · s e em relação ao O2 foi de 0,16 mol/L · s. Isso
acontece por uma razão simples: observemos a equação da reacção devidamente
acertada:
2N2O5(g)
→ 4NO2(g) + O2(g)
Esta equação nos mostra que há
consumo de 2 mol de N2O5 e formam-se 4 mol de NO2
e 1 mol de O2, ou seja, pelo facto de a proporção estequiométrica
ser diferente, os participantes da reacção são consumidos e formados com
velocidades diferentes.
Percebe-se claramente que, a velocidade média de formação de NO2
(0,64 mol/L · s) é duas (2) vezes maior que a velocidade média de consumo de N2O5
(0,32 mol/L· s) e quatro (4) vezes maior que a de formação de O2
(0,16 mol/L · s).
Portanto, com vista a evitar esta situação, calcula-se normalmente à velocidade média da reacção, ou seja, a
velocidade com a qual a reacção como um todo se processa independemente do
participante da reacção.
Para tal, a IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada), recomenda dividir a velocidade média da reacção em função de cada participante pelo respectivo coeficiente estequiométrico (coeficiente estequiométrico desse participante) da equação da reacção devidamente acertada:
Como podemos constatar independentemente do
participante da reacção considerado, a velocidade é a mesma, portanto, a
velocidade média da reacção (sem especificar o participante) é de 0,16 mol/L ·
s.
Portanto, para uma reacção genérica:
a A + b B →
c C + d D
Vimos que a velocidade média da
reacção em função de cada participante pode ser dada por:
No entanto, segundo a IUPAC para calcularmos a velocidade média da reacção como um todo, divide-se a velocidade média da reacção em função de cada participante pelo respectivo coeficiente estequiométrico da equação química devidamente acertada:
Fazendo as substituições teremos:
Ficamos com a divisão de fracções, então para resolvermos temos que manter o numerador e multiplicar pelo inverso do denominador:
Entretanto, vimos que a variação da concentração de um reagente é sempre um valor negativo, então para evitar-se trabalhar com valores negativos coloca-se o sinal menos (–) em frente a variação da concentração dos reagentes. Portanto, fica:
Ou também pode-se escrever esta equação de forma mais simples possível:
Considerado o exposto podemos ter:
Por: Miguel Pascoal
Licenciado em Ensino de Química
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