1. O átomo de Rutherford
é comparado ao sistema planetário. A electrosfera é a região do átomo que...
A. contém as partículas de carga eléctrica negativa
B. contém as partículas de carga eléctrica positiva
C. contém neutrões
D. contém protões e neutrões
RESOLUÇÃO
De acordo com Rutherford, o átomo seria constituído por
uma região central de grande massa, chamada núcleo onde ficaria toda a carga positiva do átomo. Rutherford,
imaginou ainda que ao redor do núcleo giravam os electrões, sendo negativos, os
electrões iriam contrabalançar a carga positiva do núcleo e garantir a
neutralidade do átomo. Portanto, o átomo é constituído
por duas regiões bem distintas, o núcleo
e a electrosfera. No núcleo do átomo
encontram-se os protões que são
partículas com carga positiva e os neutrões
que não possuem carga eléctrica. Na electrosfera
encontram-se os electrões que são
partículas dotadas de carga eléctica negativa.
Resposta:
alternativa: A
2. Das espécies químicas seguintes: 19K+,
17Cl-, 50Sn, 9F, 16S2-
e 35Br. As espécies que podem formar, entre si, uma ligação covalente
são:
A.35Br com 50Sn
B. 16S2- e com 19K+
C. 9F com 9F e 35Br com 35Br
D. 50Sn com 50Sn
RESOLUÇÃO
A ligação covalente se
estabelece geralmente entre átomos de elementos não metálicos (ametais). Estes
átomos podem ser do mesmo elemento ou não. A ligação covalente é aquela que ocorre com partilha de
electrões entre átomos de elementos não metálicos. Os elementos 19K e 50Sn são metais,
por outro lado, os elementos F, Br e S são ametais.
Análise das alternativas
A INCORRECTA
O Br é um elemento ametálico e o Sn é um metal, pelo que
podem estabelecer entre si uma ligação iónica.
B INCORRECTA
Neste caso temos iões K+ e S2-, o K+
provém do potássio, que é um metal do grupo I A e o ião S2- que
provém do enxofre que é um não metal do grupo VI A, portanto, temos aqui catião
e anião por isso estabelece-se aqui uma ligação iónica e não covalente.
C CORRECTA
Os elementos químicos F e Br por serem não metais podem
sim estabelecer uma ligação covalente.
D INCORRECTA
Temos o Sn
que é um metal e entre átomos de metais ocorre a ligação metálica e não
covalente.
Resposta: alternativa: C
3. O chumbo é um metal pesado que pode contaminar o ar, o
solo, os rios e os alimentos. O número atómico (Z) do chumbo é 82. Sabendo que
o ião plumboso (Pb+2) é responsável pela toxicidade, os electrões
mais energéticos estão no subnível?
A. 6p2
B. 6s2
C. 4f14
D. 5d10
RESOLUÇÃO
Primeiro temos que efectuar a configuração electrónica do
átomo neutro deste elemento e de seguida a configuração electrónica do ião Pb2+:
82Pb:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2
4f14 5d10 6p2
O ião Pb2+ tem dois electrões a menos que o
Pb, por isso a sua configuração electrónica é:
82Pb2+:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2
4f14 5d10
Assim, o subnível mais energético é o 5d10,
logo os electrões mais energéticos encontram-se neste subnível.
Resposta:
alternativa: D
4. Devido à sua estrutura, um átomo de sódio tem as
características mencionadas abaixo, excepto:
A. Seu isótopo de massa 23 contém 12 neutrões
B. Fica com 10 electrões quando se torna catião
C. Possui 2 electrões no primeiro nível e 9 electrões no segundo nível
D. Tem 11 protões no núcleo
RESOLUÇÃO
O sódio de símbolo químico, Na, é um elemento com número
atómico (Z) igual a 11 e número de massa (A) igual a 23.
Assim, a configuração electrónica do átomo deste elemento é: 11Na: 1s2 2s2 2p6 3s1
Análise
das alternativas
A
CORRECTA
Vamos calcular o número de neutrões:
A = Z + n
n = A – Z
n = 23 – 11
n = 12
B
CORRECTA
Um catião é um ião que possui carga positiva. A carga
positiva surge em resultado da perda de electrões. No caso concreto do sódio,
quando neutro o número de protões é igual ao número de electrões (p+
= e-), por isso a configuração electrónica do átomo neutro é: 11Na:
1s2 2s2 2p6 3s1
Quando se forma o catião Na+ um electrão é
perdido por isso ao invés de 11 electrões o ião Na+ tem apenas 10
electrões.
11Na+:
1s2 2s2 2p6
C
INCORRECTA
Teoricamente sabe-se que no segundo nível de energia
cabem no máximo 8 electrões por isso é impossível no átomo de sódio existirem 9
electrões no segundo nível. A configuração electrónica confirma isso:
11Na:
1s2 2s2 2p6 3s1
1o nível (K): 1s2 ⇒ 2 electrões
2o nível (L): 2s2 2p6 ⇒ 2 + 6 = 8 electrões
3o nível (M): 3s1 ⇒ 1 electrão
D
CORRECTA
O átomo de sódio tem número atómico (Z) igual a 11. E
como se sabe o número atómico corresponde ao número de protões que existem no
núcleo de átomo. Portanto, Z = p+ = 11.
Resposta: alternativa: C
5. A configuração atómica de um elemento que, na tabela
periódica, se encontra no 4o período e no VG-A é:
A. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p2
B. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
4s2 3d10 4p5 5s2 4d10 5p2
C. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
4s2 3d10 4p6 5s2 4d2
D. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d14 4p6 5s2 4d8 5p2
RESOLUÇÃO
Na configuração electrónica, o número de níveis de
energia nos indica o período e o
número de electrões que se encontram na camada de valência nos indica o grupo.
Como se diz que este elemento localiza-se no 4o
período e no VG-A, isso significa que na distribuição electrónica do átomo
deste elemento teremos 4 níveis de energia, ou seja, o maior número quântico
principal na distribuição electrónica deve ser 4.
Por outro lado, por pertencer ao grupo V-A tem 5 electrões na camada de valência. E não
menos importante, por ser um elemento do gupo A, a sua configuração electrónica
deverá terminar em “s” ou “p”.
Neste caso em específico a distribuição electrónica termina
em “p”. Vejamos:
1s2 2s2 2p6 3s2
3p6 4s2 3d10 4p3
Maior
número quântico principal:
4, logo temos 4 níveis de energia ⇒ 4o
período.
Camada
de valência: 4s2
4p3 ⇒ 2 + 3 = 5 ⇒ Grupo V-A
Resposta: NÃO HÁ ALTERNATIVA CORRECTA NESTA QUESTÃO.
6. A termodinâmica pode ser usada para determinar todas
as seguintes situações, excepto:
A. o sentido em que uma reacção é espontânea
B. a extensão a que uma reacção ocorre
C. a velocidade da reacção
D. a variação da entalpia de uma reacção
RESOLUÇÃO
No estudo das reacções químicas existem
duas vertentes, a vertente Termodinâmica
e a Cinética. A Termodinâmica (termodinâmica química) nos
auxilia na compreensão dos aspectos energéticos dos processos bem como a
direcção da sua evolução. Portanto, a Termodinâmica nos indica a direcção e a
extenção de uma reacção mas não nos informa nada acerca da velocidade, visto
que esta faz parte do domínio da Cinética.
Resposta: alternativa: C
7. Uma afirmação que traduz a segunda lei da
termodinâmica é:
A. as reacções espontâneas são sempre exotérmicas
B. a energia é conservada numa reacção química
C. a entropia do universo está aumentando continuamente
D. a energia livre de Gibbs é uma função da entalpia e da entropia
RESOLUÇÃO
A segunda Lei da
Termodinâmica utiliza a Entropia para identificar as mudanças espontâneas entre
as mudanças permitidas. Dado que os processos espontâneos são irreversíveis,
pode-se afirmar que “a entropia do universo aumenta em qualquer
processo espontâneo” ou “a entropia de um sistema isolado aumenta em
uma mudança espontânea”. Este é o enunciado da segunda lei da
termodinâmica.
Resposta: alternativa: C
8. Calcule a variação de
entropia padrão para a seguinte reacção: 2Ag2O(s) → 4Ag(s)
+ O2(g)
So[Ag2O]
= 121,3 J/K·mol ; So[Ag(s)] = 42,6 J/K·mol So[O2(g)] =
205,1 J/K·mol
A. – 205,1 J/K
B. – 126,4 J/K
C. + 126,4 J/K
D. +132,9 J/K
RESOLUÇÃO
Numa reacção química a
entropia padrão pode ser calculada a partir das entropias absolutas de
reagentes e produtos.
∆So = ∑nSo(produtos)
– ∑mSo(reagentes)
Equação da reacção: 2Ag2O(s)
→ 4Ag(s) + O2(g)
Usando os dados do
exercício:
∆So = ∑nSo(produtos)
– ∑mSo(reagentes)
∆So = [4 · So(Ag) + So(O2)] – [2 · So(Ag2O)]
∆So = [4 · 42,6 J/K · mol + 205,1 J/K · mol] – [2 · 121,3 J/K · mol]
∆So = [170,4 J/K · mol + 205,1 J/K · mol] – [242,6 J/K · mol]
∆So = 375,5 J/K · mol] – 242,6 J/K · mol
∆So = + 132,9
J/K · mol
Resposta: alternativa: D
9. Se ∆G < 0 para uma
reacção a todas as temperaturas, então ∆S é _________ e ∆H é _________ .
A. positivo, positivo
B. positivo, negativo
C. zero, positivo
D. negativo, zero
RESOLUÇÃO
Observe a tabela
abaixo:
∆H |
∆S |
– T∆S |
∆G = ∆H – T∆S |
Características da reacção |
– |
+ |
– |
– |
É espontânea a qualquer temperatura |
+ |
– |
+ |
+ |
Não é espontânea a qualquer temperatura |
– |
– |
+ |
+ ou – |
É espontânea em Temperatura baixa; não espontânea em
temperatura alta |
+ |
+ |
– |
+ ou – |
Espontânea em temperatura alta e não espontânea em
temperatura baixa. |
Resposta:
alternativa: B
10. Acima de que
temperatura espera-se que uma reacção se torne espontânea se ∆H = + 322 KJ e ∆S
= +532J/K?
A. 171 K
B. 209 K
C. 606 K
D. a reacção será espontânea a qualquer temperatura
RESOLUÇÃO
De acordo com a Tabela abaixo:
∆H |
∆S |
– T∆S |
∆G = ∆H – T∆S |
Características da reacção |
– |
+ |
– |
– |
É espontânea a qualquer temperatura |
+ |
– |
+ |
+ |
Não é espontânea a qualquer temperatura |
– |
– |
+ |
+ ou – |
É espontânea em Temperatura baixa; não
espontânea em temperatura alta |
+ |
+ |
– |
+ ou – |
Espontânea em temperatura alta e não
espontânea em temperatura baixa. |
Ou então:
Condições |
Conclusões |
∆H > 0 e ∆S > 0 |
É espontânea a altas temperaturas, ou seja, ocorre a altas temperaturas. |
∆H >0 e ∆S < 0 |
Não é espontânea a qualquer temperatura, ou seja, não ocorre a qualquer
temperatura. |
∆H < 0 e ∆S > 0 |
É espontânea a qualquer
temperatura, ou seja, ocorre a qualquer temperatura. |
∆H < 0 e ∆S < 0 |
É espontânea a baixas temperaturas, ou seja, ocorre a baixas
temperaturas. |
Como ∆H > 0 e ∆S > 0 significa que a reacção é espontânea a altas
temperaturas. Logo: ∆G < 0 ⇒ espontânea a altas temperaturas.
Então vamos efectuar os
cálculos:
∆H = 322 KJ = 322 · 103
J
∆S = + 531 J/K
Sabe-se que ∆G = ∆H – T ·
∆S
∆G < 0 ⇒ ∆H – T · ∆S < 0
+322 · 103 J –
T · 531 J/K < 0
– T · 531 J/K < – 322
· 103 J ⇒ T · 531 J/K >
322 · 103 J
T · 531 J/K > 322 · 103
J
T > (322 · 103 J) / 531 J/K
T > 606 K
Resposta: alternativa: C
FIM
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